Alepa realiza Audiência Pública sobre o zika vírus no Estado

A Comissão de Representação para acompanhamento de ações referente à epidemia do vírus ZIKA no Estado do Pará realizou nesta terça-feira(21), na Alepa, audiência pública com objetivo de apresentar os resultados preliminares, receber relatório dos órgãos envolvidos com o atendimento de casos e combate ao zika vírus no Pará, bem como ouvir a população e as entidades.

Estiveram presentes: Sespa e Sesma, que apresentaram um quadro que afirma que situação do zika vírus é considerada controlada, Hemopa e Instituto Evandro Chagas. Também participaram representante da rede SARAH, que atendem crianças portadores de microcefalia.

Segundo os dados apresentados, no Brasil há cerca de 11 mil casos suspeitos de zika vírus e 2,1 mil confirmados. No Pará, a Sespa, no 16º Informe Epidemiológico de 2016, sobre os casos registrados de dengue, zika e febre chikungunya. Até 06 de dezembro de 2016, foram 6.202 casos de dengue, 2.654 de zika e 668 de febre chikungunya.

Considero que tanto no Brasil como no Pará há uma subnotificação. Nós buscamos os dados epidemiológicos de todas as regionais de saúde e o que vimo é que há muitos casos não confirmados, credito o baixo índice de notificações, a dificuldades de acesso a exames que dão o diagnóstico preciso.  85% das infecções são assintomáticos e a pessoa não percebe que está com o vírus

Ainda há muito trabalho a se fazer, a Comissão recebeu dados dos centros regionais de saúde (CRS), porém são necessárias melhorias na notificação dos casos. Em paralelo, cabe ressaltar que devemos lutar para fortalecer a rede e estrutura para diagnóstico em nossa região, muitas localidades ainda não possuem apoio e nem material necessário para realizar os testes e, assim, o elevado número de casos sem confirmação poderia ser diferente. 
O Ministério da Saúde em parceria com o laboratório desenvolveram um método de diagnóstico denominado “teste rápido” e irão disponibilizar para os Estados, é necessário que haja representação política para que o Pará seja contemplado com uma cota destes testes.

O nosso trabalho na comissão é avaliar a situação do vírus zika no Pará e propor soluções de combate, porque essa doença causa sequelas, que geram traumas tanto social quanto econômico para as famílias, em especial as que têm crianças com microcefalia, mas a doença também causa problemas neurológicos graves, cegueira, surdez, deformidades. Essas crianças precisam ser tratadas por toda a vida e isso demanda cuidados especiais da família e de órgãos do poder público, que possam ajudar nesse tratamento, assim como as questões de cunho previdenciário porque essas crianças têm direito a um benefício.




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