As manifestações do dia 16 e a crise de representação política no Brasil

Quem acompanhou as manifestações de 16 de agosto e as noticias posteriores, dos protestos contra a corrupção, o governo Dilma e  em torno do impeachment da Presidente percebeu uma perda de fôlego nas mobilizações ocorridas nos municípios brasileiros.

Se comparamos aos protestos ocorridos há pouco mais de dois anos, em junho de 2013, quando, com o estopim do aumento da passagem de ônibus, diversas pessoas saíram às ruas para protestar contra a política brasileira e foram mobilizados exclusivamente por movimentos sociais e pela internet,  notamos uma triste comparação. No momento em que um partido, ou figuras políticas tentam capitalizar um movimento legítimo pelo fim da corrupção no país, ele perde fôlego.

Se pegarmos somente os movimentos contra o governo, promovidos por grupos como o Movimento Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre,  ocorridos este ano, vimos uma redução de quase 300% na participação.  No protesto de domingo (16), os números de participantes  variaram (segundo Jornal, Datafolha e Policias militares) de 450  à 800 mil pessoas, bem inferior aos 2 milhões de 15 de março.

Esta diminuição trata-se de mais resposta do povo brasileiro que quer mudanças na política brasileira, quer uma Reforma Política que combata os desvios que chegam a R$ 200 bilhões por anos com a corrupção, quer a votação dos 528 projetos de lei de combate à corrupção que estão parados no Congresso Nacional. 

A classe política, da qual faço parte, tem que estar atenta às manifestações das ruas, do povo, de nossa sociedade e que pede mudança.

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