Indo muito além da Reforma Previdência

O governo tem tratado a Reforma da Previdência como um instrumento mágico, que resolveria boa parte dos problemas da economia Brasileira, o que não é verdade. Dentre o que já foi dito, há uma especulação da geração de 8 milhões de empregos, com a Reforma. Na minha opinião, a geração de emprego está atrelada a mudança na confusa e elevadíssima carga tributária ao qual as empresas e os trabalhadores estão submetidos e que precisa ser discutido.

A última alteração prodigiosa de legislação brasileira (Reforma Trabalhista) não surtiu o efeito desejado, pois não foi acompanhada por aperfeiçoamentos estruturantes em relação à carga tributária brasileira e na fiscalização.

Dentro das estruturas de fiscalização, temos um sistema muito falho que permitiu que as empresas chegassem a acumular uma dívida de R$ 426,07 bilhões, ou seja, mais de duas vezes o déficit de 2018.

 A reforma da Previdência é necessária, pois a expectativa de vida dos brasileiros, felizmente, tem crescido, enquanto que a taxa de natalidade aponta decréscimo, sem contar as distorções no pagamento de aposentadorias para algumas categorias. Esta reforma não pode ser feita tirando direito dos mais pobres, dos que mais necessitam, como trabalhadores rurais ou de beneficiários do BPC, ela tem que ser equânime e justa.

Não podemos fazer uma reforma da Previdência sem mudanças estruturais, seja no sistema tributário ou na máquina pública. Ela não pode ser pautada na redução dos direitos o trabalhador assalariado ou do campo, por exemplo.

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