Vou defender cotas de cadeiras para mulheres nos parlamentos brasileiros

No Brasil mais da metade da população brasileira é de mulheres, elas são responsáveis por cerca de 55% das ocupação das vagas no mercado de trabalho e chefiam 2/5 dos lares. As mulheres conquistaram seu espaço e quase todos os segmentos de nossa sociedade, porém, na política, ainda sofrem com uma sub-representação no Congresso Nacional, nas câmaras de deputados estaduais e de vereadores.

Nesta eleição de 2018, vimos a representação feminina ficar em 13% do Senado, com a eleição de sete senadoras, 15% de mulheres na Câmara de deputados federais e a mesma média nos parlamentos estaduais. Nos municípios, apenas 13% eram mulheres e em 1.286 cidades não houve nenhuma mulher eleita para o cargo de vereadora.

Nas eleições de 2016, aproximadamente 32% de todos os candidatos que concorreram às eleições eram mulheres, o que demonstra que a Lei de cotas, que determina o preenchimento de no mínimo 30%, tem surtido efeito no que tange à disputa eleitoral, mas tem sido insuficiente para garantir uma igualdade de representação mais próxima da sociedade nos parlamentos. No estudo realizado pela Inter-Parliamentary Union – IPU, com 190 países, o Brasil está na posição 152 na paridade de representação parlamentar de homens e mulheres na Câmara dos Deputados.

Um dos projetos que vou defender é que a Lei eleitoral garanta uma representação mínima de 30% das cadeiras colocadas em disputas, sejam ocupadas por um dos gêneros. É a chamada reserva de assentos para mulheres no Parlamento.

Acredito que uma maior representação feminina garante um melhor espelho da sociedade e com isso uma discussão mais aprimorada, a partir das perspectivas femininas, de suas vivências, de seus problemas e de soluções para a sociedade.


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