Deputado Eduardo Costa cobra, dos deputados federais, a defesa dos direito dos trabalhadores

Na entrevista ao jornal Tribuna do Caeté,  falei sobre Reforma da Previdência e como ela é prejudicial aos trabalhadores brasileiros. 

Da maneira que a proposta esta sendo encaminhada, sem uma discussão real e aprofundada sobre os ditos déficits da previdência,  a conta vai ser inteiramente paga pelos mais pobres. Por isso tenho dito, por onde passo, que os eleitores devem cobrar de seus deputados federais uma posição clara e contrária a Reforma.

Confira a íntegra da entrevista:

Tribuna do Caeté: Qual sua avaliação sobre a Reforma da Previdência?

Eduardo Costa: Acho que devemos discutir sobre a previdência, sim, mas a discussão não pode ser executada a “toque de caixa”, na pressa. O Governo Federal pretende realizar a votação da “Reforma da Previdência” no dia 19 de fevereiro, uma data estratégica que acontece no mês de carnaval, quando a sociedade brasileira pode não estar mobilizada contra a proposta do governo.

Não podemos decidir qualquer coisa sem a participação da sociedade, sacrificando os trabalhadores e por meio de “compra” de apoio dos deputados federais. Aliás, povo de Bragança deve ficar de olho para cobrar do seu deputado uma posição clara contra esta “Reforma” da maneira que está sendo feita.

Se aprovada, o trabalhador de menor renda fica prejudicado, pois terá que trabalhar 40 anos para ter direito à sua aposentadoria integral. Isso contraria a propaganda do Governo que diz "que vai combater os privilégios". Gostaria muito de saber: Quais são os ditos "privilégios" que o trabalhador brasileiro tem? O de trabalhar 40 anos para se aposentar? O de receber um salário mínimo ao final da vida?

Aliás, segundo o próprio governo, 70% dos aposentados recebem salário mínimo do INSS. Para fazer jus a este "PRIVILÉGIO" pelas regras atuais, ele precisa contribuir para o INSS por 35 anos ou chegar aos 65 anos (homens) ou 60 anos (mulheres) com no mínimo, 15 anos de contribuição.  

Tribuna do Caeté: O que diz o Projeto?

Eduardo Costa:
No projeto proposto pelo Governo Federal e modificado pelo Congresso Nacional, teríamos as mulheres se aposentando com 62 anos e os homens com 65, tendo que contribuir por 40 anos para ter direito à aposentadoria integral. Já o trabalhador rural, que ficou com uma regra mais flexibilizada, terá uma idade mínima de 60 anos (homens) e 57 (mulheres), com 15 anos de contribuição.

Exigir uma contribuição de 40 anos, onde há uma precariedade do emprego formal é uma utopia. Outro ponto que precisa ser revisto é a exigência de uma idade mínima de 60 anos para uma população rural, onde falta saneamento, médicos, escolas e assistência do governo. A realidade no interior é muito diferente das zonas urbanas. Médico só chega de vez em quando e, muitas vezes, graças às ações de colegas de profissão, e não por ação do Estado.

A certeza é que ao final deste ciclo teremos uma população brasileira envelhecida, pobre e sem a proteção social do Estado brasileiro.
  

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