Evandro Chagas propõe vacina contra o Zika Vírus
Recebi com muito entusiasmo a
notícia sobre o sucesso da vacina contra o Zika Vírus, em especial pelo destaque
do nosso Evandro Chagas, que é uma referência na América Latina e vem
desempenhando um trabalho fundamental no combate a esta e demais doenças
infecciosas. Pude acompanhar de perto a atuação dos pesquisadores como membro
da Comissão Parlamentar da Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), que propôs ações
referentes à epidemia de Zika vírus e à Síndrome Congênita de microcefalia.
Nossa expectativa é que, em breve, consigamos proporcionar melhor à imunização
para a população paraense, reduzindo expressivamente a incidência da epidemia.
Segundo o Instituto Evandro
Chagas, os resultados são promissores. Realizado em parceria com a Universidade
do Texas e com o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos
Estados Unidos, o teste comprovou a eficácia da vacina desenvolvida pelo
Instituto que impediu a infecção pelo vírus em fêmeas de camundongos e em seus
embriões.
Foram observadas 46 fêmeas de
camundongo. Metade dos animais recebeu a vacina desenvolvida pelo instituto e
metade recebeu placebo. Depois de 28 dias, o grupo vacinado apresentou altos
índices de anticorpos contra zika. Em outra etapa, todas as fêmeas acasalaram.
Dias depois, foram expostas ao vírus. Nos camundongos vacinados, foram
encontrados apenas traços genéticos do vírus, mas em uma quantidade considerada
pouco significativa. Além disso, não foram encontrados traços de vírus na
placenta ou em tecidos cerebrais dos fetos de camundongos que haviam sido
imunizados.
De acordo com a direção do
Instituto, a expectativa é que os estudos clínicos em voluntários se iniciem a
partir de janeiro de 2018. A equipe de pesquisadores, inclusive, já concluiu um
estudo para avaliar o desempenho da vacina em primatas com resultados
igualmente eficientes. Os detalhes desse outro trabalho, no entanto, somente
deverão ser anunciados depois da publicação em revista especializada.
Conforme dados do mais recente
relatório de monitoramento do Ministério da Saúde, tivemos 86,4% menos casos de
dengue, zika e chikungunya nos primeiros meses de 2017 em comparação a 2016.
Isso é um avanço significativo que mostra a relevância do esforço realizado
pelas diversas frentes de trabalho, seja no campo da saúde, da política e da
comunicação. Mesmo assim, precisamos estar atentos para não permitir que esta
ameaça persista. Entre
2015 e abril de 2017, o total de 2.753 casos de zika foram registrados no
Brasil, e mais de 3 mil estão sendo investigados.
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