PMDB: fim de casamento e o começo de namoro com o cargo de Presidente da República

PT e PMDB mantém uma relação "entre tapa e beijos". Quando uma ala se aproxima da Presidente  a outra se afasta. Tudo por causa do cenário de enfraquecimento de Dilma junto à opinião pública. O PMDB visualiza um cenário eleitoral negativo para o PT e seus aliados em 2016. Há ainda grupos do peemedebistas apostam em um voo solo em 2018 com o lançamento de candidato a presidente.
Com os vislumbre de uma candidatura própria, os caciques do partido começam a buscar posição de destaque, tanto na mídia como nas bases internas.

O PMDB quer a presidência em 2018. Cargo que ocupou pela última vez em 1990, com  José  Sarney. Porém,  precisa antes disso definir quem será a líder máximo do partido. O deputado Eduardo Cunha ascendeu internamente ao se mostrar como um "opositor" e porta-voz das alas insatisfeitas com a atual aliança. Neste momento, Cunha leva vantagem sobre o vice-presidente, pois surfa em uma onda contra Dilma.

Michel Temer é vice-presidente da República, preside o PMDB há 14 anos. Tem a seu favor a possibilidade de negociar cargos e o orçamento na esfera federal, mas sofre com o ônus de participar de um governo fragilizado. Por isso, tem tentado mostrar um compromisso com a governabilidade. Ele é um hábil jogador no tabuleiro da política, tem se mantido próximo do poder, mas com uma certa distância da Presidente. Talvez, apostando em uma recuperação do governo e, até, firmando acordos.

A verdade é que o PMDB não vai sair perdendo  em nenhum dos dois casos: se o governo permanecer fraco até 2018, o partido saí como um candidato a presidente forte, caso contrário segue em uma "aliança estratégica" com o PT de Lula.

Eu diria que o PMDB vai ser governo em qualquer dos casos.

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