O Congresso Nacional e os bois de piranha

A expressão  "boi de piranha"  é natural da cultura popular brasileira.  Nas regiões pantaneiras e nos meios rurais, quando se  têm que atravessar manadas de de boi e búfalos em rios com piranhas, para ter certeza que naquele momento é seguro a travessia, eles pegam o boi mais fragilizados para ir na frente. Caso o rio tenha o famigerado peixe, ele serve de distração enquanto os demais atravessam.

Na política também existem a expressão "bois de piranha", a diferença é que existem duas situações para a utilização do termo. Uma é quando se quer desviar atenção de um fato, que pode prejudicar muito determinado grupo, elege-se um membro para servir de cortina de fumaça. É o "boi de piranha", que é comido vivo enquanto os demais escapam. Muitos escândalos de corrupção acabam por ter este bode expiatório que é lançado ao rio para preservar "O PROJETO POLÍTICO".

Outro caso é quando que se toma uma decisão perigosa, como o rompimento de uma aliança, lança-se alguém para ser o porta voz do grupo. Neste caso, o escolhido pode ser indicado ou se prontificar ao "sacrifício". Em caso de oferecimento, o desbravador se lança em um risco que lhe parece calculado, pois  acredita que pode atravessar o rio sem arranhões e, consequentemente ser o primeiro do outro lado e com isso capitalizar todas as atenções midiáticas e eleitorais.

Quem se lança em uma empreitada como essa tem que ter absoluta confiança no que o espera. Na política, não existe gente inocente. Deve-se pesar bem qualquer decisão, sem orgulho e confiança demasiada. É como jogar xadrez. Quando mexemos a peça rapidamente e impulsivamente, colocamos-nos em um risco de ficar em xeque, com amplas possibilidades de xeque-mate. 

Na maioria dos casos, o boi é devorado vivo e a boiada passa. 

Para bons entendedores, meia palavra basta.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Lixão de Capanema: vergonha a céu aberto