Câmara deve concluir votação de reforma política
O plenário da Câmara deve continuar, nessa semana, o projeto de lei da
minirreforma eleitoral (PLs 2259/15 e 5735/13). Também poderá ser
analisada, em segundo turno, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC)
da reforma política (182/07).
Representantes de partidos como o PT, PCdoB, Psol e PSB, no entanto,
tentam nos bastidores articular a aprovação de algumas emendas
supressivas para retirar, tanto do texto da minirreforma eleitoral,
quanto da PEC da reforma política, aspectos relacionados ao
financiamento empresarial de campanhas eleitorais.
De acordo com a PEC da reforma política, as empresas estão
autorizadas a doar somente a partidos. As chamadas “Pessoas Jurídicas”,
pelo texto da PEC, são proibidas de doar para candidatos. Por isso,
integrantes de partidos como o PT, o Psol e o PSB classificam essa
prerrogativa como uma “incongruência jurídica” já que os partidos,
legalmente, são Pessoas Jurídicas e assim também não poderiam doar para
candidatos. “Essa PEC é uma verdadeira aberração jurídica”, classificou o
deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Integrantes destas siglas vão ingressar com emendas supressivas ao
texto para tentar acabar com o financiamento por empresas de campanhas
eleitorais. No entanto, estes parlamentares admitiram em caráter
reservado ao Congresso em Foco que a dificilmente a Câmara modificará o texto-base da reforma política aprovado no início do mês.
Além da parte que tenta excluir a possibilidade de empresas
financiarem campanhas eleitoras por meio de doações a partidos, os
deputados também analisarão na votação dessa semana o tempo de mandato
de cinco anos para todos os cargos eletivos. Atualmente, os mandatos de
senadores são de oito anos e os demais de quatro anos. Para manter o
texto aprovado em primeiro turno, são necessários 308 votos.
Minirreforma
Os deputados também devem concluir essa semana a votação da
minirreforma eleitoral. Na última quinta-feira (9), foi aprovado o
texto-base na forma do substitutivo do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A minirreforma eleitoral trata, entre outros pontos, de limites das
doações para campanhas, dos gastos de campanha, da prestação de contas e
da quantidade de candidatos. O texto prevê, por exemplo, limites para
doações de empresas privadas a partidos. Além do limite na lei atual de
as empresas doarem até 2% do faturamento bruto do ano anterior à
eleição, as doações totais serão de até R$ 20 milhões, e as doações
feitas a um mesmo partido não poderão ultrapassar 0,5% desse
faturamento.
Congresso em Foco - Com informações da Agência Câmara
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