O fechamento do lixão do Aurá e a questão dos catadores

O poder público precisa prever a solução que contemple a questão social e ambiental acerca do fechamento do lixão do Aurá. Por isso que propus a criação, na Alepa, de uma Comissão de Estudos para viabilizar a minimização dos impactos sociais e ambientais

Há 25 anos o lixão do Aurá recebe os resíduos sólidos de toda a Região Metropolitana de Belém (RMB). Durante todo este período foram centenas de toneladas despejadas no bairro Santana do Aurá, em Ananindeua. São cerca de 1800 toneladas de lixo todos os dias.

Nestes 25 anos dois grandes problemas se acumularam,  e com o fim anunciado dos lixões a céu aberto, determinada pela Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), eles se tornam ainda mais urgentes de serem resolvidos.

Um é referente ao ambiental, que é consequência do despejo das toneladas de lixos urbanos nestes mais de duas décadas. O espaço precisar ser limpo, como fica a situação das toneladas de lixo que foram depositadas ?

O segundo é o social, atualmente existe cerca de 2.200 catadores, que retiram se sustento dos lixão do Aurá, a maior parte deles não faz parte de nenhuma associação. Segundo alguns indicadores, 3% da população paraense vive do, ou próximo dos lixões, em péssimas condições de trabalho.  A renda média de um catador não chega a um salário mínimo, a escolaridade média fica entre a 5ª e 8ª do ensino fundamental. Um problema social grave, que vai piorar sem sua principal fonte de renda.


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