Dilma - Mais um tiro no pé!

A mensagem  da presidente Dilma no Dia Internacional da Mulher trouxe basicamente um defesa de seu governo. Ela usou a prerrogativa de Presidenta para oferecer desculpas terceirizadas para a crise internacional. Nos quinze minutos do discurso quase nada foi falado em alusão a data.

No seu discurso, Dilma pensou que a população já esqueceu das promessas de campanha, quando ela dizia que estava tudo bem no país e que a crise mundial era "prá lá" e não "para cá". A mesmo discurso foi usada para a crise hídrica, que acabou por aumentar as tarifas de energia.

Agora, neste momento, e somente agora, Dilma diz que vem tomando providências para enfrentar a crise econômica que passou pelo mundo, enquanto os outros países estão saindo da crise, o Brasil não se preparou, não se preveniu, logo está em crise.

Uma coisa que chamou minha atenção, foi esta frase: " Na tentativa correta de defender a população, o governo absorveu, até o ano passado, todos os efeitos negativos da crise. Ou seja: usou o seu orçamento para proteger integralmente o crescimento, o emprego e a renda das pessoas."

O trecho acima é um claro  recado de que tudo que foi feito para se ganhar a eleição, e, após o objetivo maquiavélico conseguido, chegou o momento de pagar as contas da falta de pulso na direção da economia brasileira e no combate a corrupção. O detalhe: é que quem vai pagar a conta é você.

Dilma escolheu um péssimo  momento para ASSUMIR a crise, "O Dia Internacional da Mulher". Terceirizou a culpa nas costas da crise internacional e ....a São Pedro que não mandou chuva.

O discurso foi omisso, fraco, genérico, não deu respostas claras sobre os próximos atos do governo, nem quanto a crise vai durar. Deixou  uma brecha enorme em relação ao combate ao corrupção em ao escândalo da Petrobras. Ela falou 15 segundos sobre o combate a corrupção.

Foi um discurso "Tiro no Pé", sem mensagem clara, que não convenceu. Aliás, irritou muita gente. Deve ser por isso o apelo de PACIÊNCIA.

Só para não dizer que ela não falou do Dia Internacional da Mulher. Ela falou no final, quando anunciou uma medida que é a Lei do Feminicídio, que transforma em crime hediondo, o assassinato de mulheres decorrente de violência doméstica ou de discriminação de gênero.