A derrota do governo na Câmara

Na arena política, o jogo do processo democrático exige a capacidade de negociar, de compor, de saber quando se pode ganhar e a hora recuar. 

 A ocupação dos espaços políticos no parlamento é um processo delicado, tem que buscar contemplar todos os setores representativos da sociedade, ou seja, todos os partidos políticos. Isto é critério de um regime Republicano.

Muitas vezes há a necessidade de ceder para impedir um prejuízo político maior, é o famoso "vão se os anéis e ficam-se os dedos". Infelizmente, para o governo, não houve o bom senso para se evitar um desgaste de uma derrota. O governo federal tentou de maneira atabalhoada ganhar na marra a presidência da Câmara de Deputados e agora amarga o prejuízo político com seu principal aliado, o PMDB.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito, 267 votos, contra 136 de Chinaglia do PT (candidato da Dilma). Agora, fragilizada, a base de Dilma terá que ter muita habilidade para  negociar com a presidência da casa a agenda de votações de interesse do governo e as pautas que serão enviadas às comissões parlamentares.

Dilma mantém-se atrelada ao PMDB, partido que comanda também o Senado, com Renan Calheiros.

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