O sistema Cantareira e o Parque Ambiental do Utinga

Recentemente, estamos  vendo várias notícias sobre o Sistema Cantareira, um conjunto de reservatórios de água que abastece a maior parte de São Paulo. Segundo as informações, o sistema se encontra quase seco, operando com apenas 18% de seu volume total.. De acordo com a própria administradora o sistema irá se esgotar se não houver chuva até outubro.

Trazendo para nossa realidade,  temos o Parque Ambiental do Utinga que é uma área de preservação, e nele se encontram os Lagos Bolonha e Água Preta, que abastecem a maior parte da região Metropolitana de Belém. Quero chamar atenção sobre a ocupação no entorno, que eleva o nível de poluição, comprometendo a qualidade do reservatório. As ocupações não vem acompanhadas de planejamento do sistema de água e esgoto; Dejetos domésticos são lançados nos córregos que desembocam no parque, ou próximo, ocasionando a poluição dos mananciais.

Recentemente, estive no entorno do Parque pela entrada de Ananindeua no Júlio Seffer e comprovei a ocupação irregular. Há de campo de futebol à borracharia,  mesmo dentro da cerca que deveria proteger o espaço da ocupação. 

Defendo, inicialmente,  uma fiscalização maior nas ocupações que estão dentro da área protegida, bem como a retirada das construções e instalações irregulares. Esta pode até ser considerada uma solução arbitrária por alguns, mas considero que o acesso à água tratada é um bem coletivo. Não podemos ficar esperando que a crise se instale, como acontece em São Paulo, para começarmos a tomar providências. Outros dois importantes itens são a  implantação de rede coletora de esgoto e o programa de educação ambiental.

O acesso à água é um direito de todos. Tive a oportunidade de conseguir recursos para implantação de diversos micro sistemas de abastecimento no Pará e sei o quanto a água na torneira é importante.

Inauguração do Micro sistema de Abastecimento de Água em Vila Timboteua - Nova Timboteua  


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