Mutação do vírus zika pode ter acelerado a proliferação

Um trabalho desenvolvido por cientistas de nacionalidade chinesa publicado ontem pela revista Nature sugere que uma mutação ocorrida numa proteína do vírus da zika contribuiu para a proliferação da doença no Mundo nos últimos anos.

O estudo, liderado por cientistas da Universidade Tsinghua, apontou que uma proteína não-estrutural 1 (NS1), que é responsável por facilitar a contaminação dos mosquitos aedes aegypti por flavivírus (família de vírus que inclui o zika), teria sofrido uma mutação que acarretou no aumentou da presença do vírus no mosquito que transmite a doença.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas desenvolveram experiências em ratos que foram picados por mosquitos com cargas virais de diferentes linhagens do vírus zika. Neste contexto, descobriram que naqueles em que o flavivírus possuía a proteína NS1 modificada, de linhagem asiática, a permanência de infeção foi substancialmente maior.

O vírus zika assuntou o mundo em 2015, quando a proliferação dos casos na América Latina levou pesquisadores a detetarem que ele causa várias complicações neurológicas, como síndrome de Guillain-Barré em adultos e microcefalia em recém-nascidos.


Comentário do Médico Eduardo Costa:

É importante mantermos a vigilância e os cuidados em relação a conter o mosquito transmissor do vírus da zika. Apesar da redução do número de casos, todo cuidado é pouco. 




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